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domingo, 8 de fevereiro de 2009


CRÔNICA 4
UMA QUESTÃO DE PRIORIDADE

Algumas perguntas aparentemente simples deveriam ser feitas com mais regularidade, pois servem como uma espécie de termômetro, não verificam a nossa temperatura, mas a quantas anda a nossa vida. Eis uma: Quais são as suas prioridades? Sim, isto mesmo, quais são as coisas que vêm em primeiro lugar para você.
Se você nunca pensou nisto, pare rapidamente e pense, pois seu caso é mais sério. Você tem vivido todos estes anos e não teve tempo para se perguntar o que existe no mundo de mais importante para você? Primeiro de tudo, espero que você ache que haja pessoas e coisas importantes para você e que, por serem várias, você tem que estabelecer um ordem de interesse e de ação. O que vem em primeiro lugar é a sua prioridade.
Com a idade, estas prioridades vão mudando ou vão crescendo muito. Um adulto não tem obviamente os mesmos desejos da infância ou da adolescência. O tempo nos amplia e nos renova. Logo nossos interesses, desejos e necessidades vão se modificando e se consolidando. A escolha profissional, por exemplo, ocorre na adolescência e pode seguir até a velhice, e será sempre uma prioridade, pois é o trabalho que permite a realização destas outras, digamos, “prioridades”.
Além do trabalho, nossas principais áreas de interesse são normalmente a afetividade, o sexo, as relações familiares e sociais, os crescimentos intelectual e espiritual, a saúde. Se você parar e escrever num papel as dez coisas mais importantes de sua vida, verá que elas se encaixam no que foi dito acima. Que tal fazer esta lista como exercício? Escrever é mais do que simplesmente se lembrar destas prioridades, porque escrever exige que se pense antes.
Faça o teste agora e não minta. Coloque em ordem as grandes motivações de sua vida. Seja honesto, pois ninguém vai ler esta lista e não se sentirá magoado. Não escreva o que você acha que seria o certo ou o esperado. Talvez você seja pai e não ache que seus filhos sejam a prioridade um, mas escreveria a palavra filhos só porque a paternidade é um valor social. Não o faça. Se você mentir para você mesmo, esta lista não terá utilidade. E talvez seja uma boa hora para você reconhecer, por exemplo, que gosta mais de seu carro do que de seus filhos. Se isto não é o ideal, é melhor do que fingir que você é bom pai, e não um bom proprietário de automóvel.
Feita a lista, com a maior honestidade possível, releia e veja se não faria alguma mudança na ordem. Pense mais um pouco e faça as alterações necessárias, para ser bastante fiel ao que sente e pensa. Não ponha mais do que dez itens, ou não serão prioridades.
Se já acha que a lista corresponde à sua ordem de interesses na vida, vamos à segunda pergunta, e talvez mais difícil do que a primeira: O que você tem feito por suas prioridades? Pelo menos pelas três primeiras da lista? Vá, com sinceridade, responda a você mesmo. Agora.

KATIA SARKIS




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